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Órgãos debatem política de comunicação para a UFG

Otimizar o atendimento ao público e reforçar a identidade institucional estão entre os objetivos 

 

Texto: Silvânia Lima

A construção de uma política de comunicação para a UFG motivou um encontro na manhã desta quarta-feira, 11, entre representantes dos veículos de comunicação da UFG (Ascom, Rádio Universitária e TV UFG), a Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), o Hospital das Clínicas (HC) e de alguns dos órgãos que coordenam atividades ligadas à informação e à comunicação institucional, como a Ouvidoria, Cercomp, Cegraf, Cidarq, Ciar, Sibi, além dos assessores de comunicação do Hospital das Clínicas e das Regionais Jataí, Catalão e Goiás. Esse foi o primeiro contato desses órgãos, convidados a integrar o Grupo de Trabalho (GT), mantido pelos veículos de comunicação, que se esforça no alicerçamento do processo de construção da política de comunicação.

Após ouvirem o relato do trabalho que vem sendo feito pelo GT há cerca de dois anos, os dirigentes manifestaram-se. Entre as contribuições, foram levantados alguns problemas presentes na rotina institucional, como a dificuldade de se obter informações e a falta de atualização dos sites. A necessidade da universidade se conhecer melhor internamente e a importância do envolvimento dos gestores para que a política de comunicação se efetive foi unânime.

Na próxima semana, dia 18, haverá outro encontro para que os participantes apresentem suas rotinas e demandas. A partir disso, o grupo decidirá os rumos do processo, que prevê a constituição de uma comissão e audiências públicas. A construção da política de comunicação nos moldes participativo e integrada com órgãos afins é um diferencial da UFG.

Integração e cooperação

Michael Valim, diretor da TV UFG, falou sobre a importância da integração e da cooperação entre as áreas e os órgãos. “É um diferencial da UFG, estarmos trabalhando juntos, de maneira integrada. Em muitos casos, como na produção audiovisual, a instituição tem uma estrutura muito boa, ou seja, ela tem condições de difundir o conhecimento que produz, mas não temos integração suficiente. É preciso que haja intercâmbio de conteúdos. E a política de comunicação traz essa perspectiva de autonomia para produzir”, afirmou.

O papel da comunicação na transparência institucional foi citado como um reforço à política. Ao ressaltar a comunicação como um meio de prestação de contas da instituição para a sociedade, Michael Valim indagou: “O que a UFG faz que precisa ser dito para à sociedade? Quais as dificuldades, o que é necessário agregar para que o nosso trabalho tenha mais efetividade? Se conseguirmos isso, teremos dado um grande salto.”

A diretora da Rádio Universitária, Márcia Boaratti falou sobre o objetivo do encontro de promover o contato entre os órgãos ali presentes e a oportunidade de se conhecerem. Sobre a política de comunicação, Márcia sintetizou seu objetivo de otimizar o trabalho, de forma mais integrada. “Isso é possível, tanto que a Ascom, a Rádio Universitária e a TV UFG já estão nesse esforço, tanto na troca rotineira de produção, quanto na atuação do Grupo de Trabalho que busca estruturar as bases da política de comunicação da UFG”, disse.

O diretor da FIC, Magno Medeiros, elogiou o processo da política até o presente momento, afirmando que é preciso implementá-la rapidamente. “Podemos trabalhar várias etapas simultaneamente, dividir tarefas”, disse. Ele falou da importância das audiências públicas, que possibilitam a ampla participação das pessoas.

Otimização das rotinas

A diretora do Cidarq, Heloísa Esser, ressaltou a importância dos manuais previstos na política, como forma de orientação da comunidade sobre diversos temas. E, sugeriu que sejam editados os manuais sobre o Serviço de Informação do Cidadão (SIC) e sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI). Outra questão levantada diz respeito aos registros e ao tratamento dos documentos da universidade, sobre os quais a maior parte da comunidade desconhece. Heloísa Esser lembrou que a comunicação tem uma relação direta com a transparência e, nesse caso, ainda, com a possibilidade de a instituição estar em acordo com a lei.

O servidor Vinicius Sado, representando a Ouvidoria da UFG, reconheceu o papel do órgão na comunicação da instituição e discorreu sobre a dificuldade das pessoas em encontrarem informações nos sites institucionais, refletindo nas demandas encaminhadas ao órgão cuja a maior parte são por informação, desvirtuando a sua função que é acatar denúncias, sugestões e elogios. Ele lembrou ainda, o quando a Ouvidoria e o SIC têm sido mais demandados tanto pela comunidade quando pelos órgãos de controle externo, como a Comissão Geral da União (CGU). “Precisamos promover o acesso à informação de forma mais eficiente e melhorar a nossa capacidade de dar respostas”, concluiu.

Leonardo Barra Santana de Sousa, diretor do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (Ciar), falou da importância da assessoria de comunicação no cumprimento das funções do Ciar, especialmente no atendimento efetivo ao público pela página do órgão e pelas redes sociais. Ele levantou a preocupação sobre as unidades acadêmicas e órgãos que não atualizam os seus sites. Sobre isso, Daiana Stasiak, lembrou a importância de que haja uma normativa, a ser desenvolvida em consonância com o Cercomp.

O diretor do Cercomp, Cedric Luiz de Carvalho falou das dificuldades de acesso à informação na universidade. “Não sabemos onde estão, nem onde procurá-las. São centenas de páginas na instituição e as pessoas costumam importar dados de outras fontes, não há um critério. Precisamos pensar que política adotar como publicização. Isso se faz mais urgente com a necessidade de atendimento da lei dos dados abertos, em que as instituições devem dispor seus dados.

Weberson Dias, assessor de comunicação da Regional Goiás, citou um problema comum na instituição causado pela falta de padronização e de normatização dos produtos e serviços de informação e comunicação, como os sites, que levam às ações individualizadas e, sem as quais, fica difícil centralizar a comunicação.

Thalízia Ferreira, assessora de comunicação do Hospital das Clínicas (HC), ressaltou a importância do HC para a universidade, a maior unidade de pesquisa e extensão, e solicitou apoio dos veículos de comunicação para que haja mais inserção do órgão na própria UFG. “Infelizmente, as notícias de maior visibilidade sobre o HC são de cunho negativo e temos coisas boas para mostrar”, disse.

Melhorias para a comunicação interna

As servidoras, Simone Azevedo e Rose Mendes, falaram do desafio de gerenciar a comunicação entre as nove bibliotecas dos Sistemas de Biblioteca (Sibi) da UFG. “Os problemas ocorrem mais internamente, não se buscam adequadamente as páginas de informação, os próprios docentes desconhecem o sistema e não o divulgam para os estudantes. Temos de melhorar internamente para atingirmos o público externo”, afirmou Simone Azevedo.

A jornalista Rose Mendes lembrou que a universidade não se conhece. As pessoas têm uma imagem errônea da biblioteca, por exemplo, como algo só ligado aos livros impressos. “Há tempo temos outras referências, como os e-books, além daquelas para a acessibilidade”. Sobre as mudanças internas relacionadas às ferramentas de largo uso, como os sistemas de informação, Rose Mendes sugeriu que haja mais escuta das sugestões de profissionais e usuários.

Manuais

Rose Mendes ressaltou a importância do cuidado com a linguagem e com a linha de respostas dadas às demandas das unidades e órgãos, pois “todos nós representamos a instituição. Mesmo quando estamos fora dela, somos referência.” A preocupação de Rose reflete a proposta de confecção de manuais de temas diversos de interesse da instituição, que servirão de referência nas rotinas de trabalho. Entre as propostas de manuais citados no evento estão o Manual de Redação e Manual de Gerenciamento de Crises. Também houve proposta da realização de cursos de Mídia Training para os gestores.

Michael Valim foi enfático ao dizer que a política de comunicação não irá resolver todos os problemas presentes nos órgãos, mas que este é o caminho para que os mesmos se fortaleçam e avancem. “A representatividade e a organização irão nos auxiliar em nossas dificuldades nas relações e processos de trabalho, apoiados pelo critério superior do que é público!”, ressaltou o diretor da TV UFG.

Fonte: Ascom/UFG

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